sábado, 7 de abril de 2018

O MUSEU DA ABOLIÇÃO na Madalena

Gazeta da Torre
Fonte: MAB

 Museu da Abolição (MAB)
Em 1954 surgiu a proposta de criação do Museu da Abolição, elaborada pelo Profº Martiniano Fernandes e encaminhada ao Senado Federal, através do Senador Joaquim Pires, como Projeto de Lei nº 39, de 14.05.1954, em honra aos abolicionistas João Alfredo e Joaquim Nabuco.

No ano de 1957: o Presidente Juscelino Kubitscheck criou o Museu da Abolição (MAB), por meio da Lei Federal nº 3.357, em homenagem àqueles dois abolicionistas.

Em 1960 a Câmara Municipal do Recife aprovou Projeto de Lei nº 103, que estabeleceu como de utilidade pública a desapropriação do Sobrado Grande da Madalena, com a finalidade de ser ali instalado o Museu da Abolição. A desapropriação foi efetivada através do Decreto Municipal nº 4.514, de 30.12.1961, sancionada pelo prefeito, Miguel Arraes de Alencar, para a instalação do Museu, o qual passou a ser mantido pelo 1º Distrito da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN). Em 1964: Ocorre a emissão de posse do imóvel.

No ano de 1966: a relevância cultural do Sobrado Grande da Madalena foi oficialmente reconhecida e o prédio foi tombado pela DPHAN como Patrimônio Nacional, sendo inscrito no Livro Histórico de Tombo (volume 1, folha 63, inscrição 389).

Em 13 de maio de 1983 o MAB foi oficialmente inaugurado com a exposição O Processo Abolicionista Através dos Textos Oficiais, montada, em sua maioria, com acervo de outras instituições culturais, cedido por empréstimo, em regime de comodato. Essa exposição ocupou 12 salas do pavimento superior e o hall de entrada principal do prédio.

Museu da Abolição

O Museu da Abolição tem como missão institucional preservar, pesquisar, divulgar, valorizar e difundir a memória, os valores históricos, artísticos e culturais, o patrimônio material e imaterial dos afro-descendentes, por meio de estímulo à reflexão e ao pensamento crítico, sobretudo quanto ao tema abolição, contribuindo para o fortalecimento da identidade e cidadania do povo brasileiro.

Acervos

 O acervo do MAB tem o objetivo de preservar a memória do povo negro, que foi durante anos submetido à condição de escravo. Mais do que preservar, o acervo do MAB possibilita a ratificação da história dos afrodescendentes, dando-lhes a importância devida na formação do povo brasileiro. A coleção permite a comunicação entre a instituição e seus visitantes, levando a discussões contundentes referentes ao negro no passado e na sociedade contemporânea.

Nesse ínterim, o MAB evidencia as mudanças ocorridas: de escravo sempre lutando pela sua liberdade, os negros passaram a cidadãos de uma sociedade ainda muito preconceituosa e estereotipada. No entanto, na contemporaneidade, os afrodescendentes vêm conquistando seu espaço e o museu não pode deixar de contribuir com essa mudança. Assim, através desse acervo, que não se encontra pronto, já que está aberto a receber novos objetos, o museu pretende continuar contribuindo na promoção e preservação da cultura e história afrodescendente.

Educativo


O Museu da Abolição defende a utilização do patrimônio cultural como um referencial para o exercício da cidadania e do desenvolvimento social por meio do processo educativo, utilizando, para tanto, uma proposta de trabalho pautada no diálogo, no argumento e em contextos interativos, embasando sua política pedagógica na concepção de patrimônio cultural como referencial ou elo entre Museu e sociedade. Entendemos o Museu como uma instituição a serviço do desenvolvimento da comunidade que preserva, investiga e comunica o patrimônio cultural e que cada vez mais expande suas atividades, colocando a comunidade no foco de suas ações.  São espaços que fomentam o conhecimento, a experiência e a troca entre os diferentes grupos humanos, não funcionando apenas como um local de recolhimento de informações, mas também de desenvolvimento de ideias, especialmente no campo não-formal da educação. Tendo os objetos (acervo) ou elementos expográficos como suporte, torna-se um lugar privilegiado para que o visitante possa fazer a sua leitura de mundo de forma crítica e, ao mesmo tempo, lúdica.

Ludoteca do Museu da Abolição


Na Ludoteca do Museu da Abolição, o visitante encontra jogos e brincadeiras inspirados na cultura africana e afro-brasileira.

Inaugurada no dia 22 de novembro de 2014, a Ludoteca no Museu da Abolição é um projeto  pioneiro no Estado e funcionará de forma permanente, visando ampliar e diversificar a oferta de atividades do museu para oferecer à população um ambiente de práticas lúdicas e educativas, nas quais serão abordadas várias questões e temáticas ligadas à cultura afrobrasileira. A Ludoteca é um espaço com acesso gratuito, para atrair e integrar todos os públicos.O projeto de implantação se deu por meio de recursos do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), com a produção executiva do Bureau de Cultura.

Visitação

 Visitação no MAB. Foto de Camila Mendes MAB
A visitação ao Museu da Abolição pode ser feita de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 13h às 17h. O visitante pode conhecer o museu por conta própria ou solicitar o acompanhamento de um dos mediadores. Solicitam, todavia, a atenção do visitante quanto à Política de Acesso ao MAB:

- A entrada no Museu é gratuita;

- É permitido fotografar e filmar para fins não comerciais;

- Pessoas com deficiência podem requerer assistência à nossa equipe;

- Não é permitida a entrada de animais, exceto cão-guia;

- Visitas de grupos devem ser previamente agendadas;

- Caso tenha agendado a sua visita, dirija-se à recepção;

- Para consulta ao acervo documental e bibliográfico, faz-se necessário o agendamento prévio. A visita poderá ser realizada das 9h às 16h, de segunda à sexta-feira.

- O Museu fecha para limpeza toda segunda Segunda-feira do mês.

Museu da Abolição - Endereço, Contato e Site

R. Benfica, 1150 - Madalena, Recife - PE
Contato: mab@museus.gov.br    
Fone: 55 81 3228-3248

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