Com o intuito genuíno de contribuir com o desenvolvimento
sustentável das empresas, sejam estas, de qualquer porte, venho ressaltar o
valor e importância dos processos de Treinamento e Desenvolvimento, de
empresários, líderes e colaboradores em geral, tendo em vista os mais de 33
(trinta e três) anos de minha experiência profissional, dos quais 13 anos são
voltados justamente para a área de Desenvolvimento Humano e Organizacional.
Observo, com pesar, que algumas empresas investem constantemente em estrutura e
tecnologia (o que é necessário) e ignoram totalmente a necessidade de fazer um
investimento paralelo nas pessoas. Afinal, são as pessoas que fazem a empresa
e, de alguma forma, elas determinam o sucesso ou fracasso dela, pois o
diferencial competitivo, apesar dos avanços tecnológicos, ainda está nas
pessoas.
Relendo o livro “Da Revolução Industrial à Gestão com
Pessoas e Coaching” (2015), de minha autoria, e fazendo um paralelo com minhas
vivências na área Organizacional e Profissional, percebo que é bem verdade que
já houve certa evolução nesse aspecto, principalmente em empresas maiores.
Porém, algumas empresas ainda continuam com a visão de não ter tempo para essas
práticas, considerando que elas não fazem a diferença nos seus negócios e que
são coisas “das grandes empresas”. Na realidade, elas não percebem que
conhecimentos e técnicas relacionados à Administração, Gestão de Pessoas, entre
outros, são aplicáveis a empresas de todos os portes e disso depende o seu
sucesso e sustentabilidade, diante do mercado e dos clientes. Vejamos o que está escrito nas páginas 78 e
79 do livro mencionado:
“Percebe-se que, na dinâmica da maioria das empresas e
organizações, muitas vezes não se encontra tempo para práticas que estimulam a
escuta, a participação, a criatividade e o desenvolvimento dos colaboradores,
sendo considerado “perda de tempo e dinheiro”.
Levados pelo imediatismo e pela
pressa, não se dão conta que a maioria dos problemas reincidentes de
relacionamento, comunicação, retrabalho, rotatividade de colaboradores, alto
índice de casos na Justiça do Trabalho etc., poderiam ser evitados através de
um investimento estratégico nos relacionamentos interpessoais, na comunicação,
em programas de desenvolvimento de lideranças e outros que venham ao encontro
das necessidades dos colaboradores. Os Programas de Treinamento e
Desenvolvimento Humano, assim como de Coaching e Mentoria, já são bem aceitos e
apresentam resultados satisfatórios, se bem conduzidos. Fundamental que a alta
hierarquia aceite e valide as aplicações e práticas de T&D, incluindo-as
como público-alvo, da mesma forma que todos os outros níveis, tático e
operacional. Isso gera um nivelamento positivo e os processos de mudança, de
clima, cultura e inovação organizacional também devem ser validados pelo nível
institucional, com total apoio, para ter sucesso.
É verdade que são os
profissionais de RH que fazem diagnóstico, identificam a necessidade de ações,
formatam e propõem os programas de desenvolvimento nas empresas. Porém, eles só
terão força e credibilidade, se o nível institucional da empresa compreender,
acreditar, validar e se engajar realmente nos processos propostos. Isso porque
muitas empresas, embora trabalhem o desenvolvimento dos seus colaboradores e
líderes, os próprios empresários não se atualizam, não conhecem os assuntos
estratégicos trabalhados, abrindo uma lacuna de comunicação, teorias e práticas,
que acabam por frustrar os líderes e colaboradores, por estes não encontrarem
eco para as suas propostas e ações.
A cultura do aprender a aprender deve fazer parte da vida
da empresa para todos e de forma continuada, garantindo resultados efetivos e
sustentáveis. Os tempos mudaram e, a exemplo da educação formal e informal, a
educação organizacional também necessita passar por uma verdadeira revolução,
tanto nos aspectos teóricos, quanto nos metodológicos.”
Considero importante também que os empresários analisem e
“filtrem” a real necessidade de sua empresa através de um LNT – Levantamento da
Necessidade de Treinamento bem customizado à sua própria necessidade, pois há
uma oferta “frenética” no mercado capaz de fazê-los perder o FOCO e, assim,
quem sabe, fazê-los investir em “modismos” generalistas e, não, em temas
necessários e capazes de gerar resultados para a sua própria empresa.
“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas
que já têm a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre
aos mesmos lugares. É o tempo de travessia e, se não ousarmos fazê-la, teremos
ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.” Fernando Pessoa.
Desejo ter apresentando algumas considerações válidas
para a melhoria da sua gestão!
Boa sorte!
Abraço fraterno!
Boa sorte!
Abraço fraterno!
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